MENSAGEM DA COMISSÃO EPISCOPAL DO LAICADO E FAMÍLIA
PARA O DIA DOS NAMORADOS – 14 de FEVEREIRO de 2020
Saudação e desafio
Distraídos que andássemos, seria, apesar de tudo, impossível não
poisar o olhar sobre a próxima celebração do Dia de S. Valentim
/Dia dos Namorados.
Muitas são, de facto, as chamadas de atenção para a data: cores e
slogans; promoções e ofertas; e até frases oferecidas e ilustradas,
para que o amor se diga com palavras alheias, mas literárias e
românticas.
É importante celebrar o amor.
Acompanhamos, por isso, quem o faz com alegria e vontade de
percorrer e consolidar caminhos; saudamos as iniciativas que a
Pastoral Familiar de diversas dioceses promove em torno do namoro
e da educação para os afetos; e assumimos como “júbilo da Igreja a
alegria do amor que se vive nas famílias” (Amoris Laetitia,1).
O namoro, que o Dia de S. Valentim exalta, é uma etapa fundamental
para chegar ao compromisso: tempo de conhecimento mútuo, de
consolidação da amizade e de diálogo franco sobre o futuro e os valores
que o devem enformar.
Realmente, o amor não é uma técnica nem um desejo instintivo ou
narcisista. Importa reafirmá-lo perante uma sociedade atraída por
sentimentos descartáveis.
Oiçamos o Papa Francisco, num encontro com namorados: «Mas o que
entendemos por “amor”? Só um sentimento, um estado
psicossomático? Se é isto, não se pode construir sobre alguma coisa
de sólido. Mas se em vez disso o amor é uma relação, então é uma
realidade que cresce, e podemos também dizer, como exemplo, que se
constrói como uma casa. E a casa constrói-se em conjunto, não
sozinhos. Construir, aqui, significa favorecer e ajudar a crescer. (…)».
«Fase única», chamou, por seu turno, ao namoro o Papa Bento XVI.
Uma fase única que “abre para a maravilha do encontro e faz descobrir
a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer um
ao outro: tu és importante para mim”.
Aos jovens namorados e aos casais que não deixam de namorar
manifestamos a nossa proximidade. E exortamos as famílias e as
comunidades eclesiais a serem companhia e apoio, de modo que os
jovens possam descobrir o valor e riqueza do matrimónio.